Na mitologia chinesa, Kuan Yin 观世音菩萨 é conhecida como
a Deusa da Compaixão e da Misericórdia. Ela existiu como pessoa, igual a todos
nós e somente depois de sua morte foi transformada em Deusa. Também conhecida
como Quan'Am (no Vietnã), Kannon (no Japão), e Kanin (em Bali). Ela cobre as
planícies alagadas do Oriente, do Egito à China. E é venerada em todo o mundo
por milhões de pessoas, que a consideram o símbolo máximo da pureza
espiritual.
Esta Deusa enquanto viveu, percorreu o mundo, viu muita dor e
então, jurou proteger e amparar todos os humanos até que o último sofrimento
acabe. A MESTRA KUAN YIN TORNOU-SE A INCORPORAÇÃO DA COMPAIXÃO. Ela nos diz que
se você cantar seu mantra diariamente, cultivará a compaixão que curará o mundo
das mais dolorosas feridas.
Kuan Yin, cujo nome significa "aquela que
ouve os lamentos do mundo" é boddhisatva da Compaixão no budismo chinês. Ela
vive em uma ilha paradisíaca de P'u T'o Shan, onde ouve todas nossas preces.
Todos que trabalham com sua energia, sabem o quanto ela é doce e sutil, mas
também o quanto é poderosa. Somente a menção de Seu Nome alivia o sofrimento e
as dificuldades. Mesmo tendo alcançado a iluminação, Ela optou por permanecer no
mundo dos homens.
Geralmente é representada com um dragão, pois ele é o símbolo mais antigo da alta
espiritualidade, a sabedoria, a força e os poderes divinos de
transformação.
Algumas vezes, também, como uma figura
muito armada, tendo em cada mão um símbolo cósmico diferente ou expressando uma
posição ritual específica (mudras). Isto caracteriza a Deusa como a fonte e
alimento de todas as coisas. As mãos dela formam freqüentemente o Yoni Mudra,
simbolizando o útero como a porta para entrada para este mundo pelo princípio
feminino universal. Outras, sentada sobre
uma flor de lótus. Na teologia Budista Kuan Yin é algumas vezes
representada como capitã do "Barco da Salvação", guiando as almas ao Paraíso
Oeste de Amitabha, a Terra Pura, a terra das bençãos, onde as almas podem
renascer para continuar recebendo instruções até alcançar a iluminação e a
perfeição.
Ela é também uma das quatro Bodhisattvas (P'u-sa em chinês),
junto com Samantabhadra, Kshitigorha (Di-cang) e Manjushiri (Wen-shu) e em seu
aspecto masculino se identifica com o Bodhisattva Avalokiteshvara, a quem em
Tibetano se chama Chenresi: "Quem ouve e chora o mundo".
Exatamente igual
a Ártemis, Kuan Yin é uma deusa virgem que protege todas as mulheres e crianças.
A simplicidade que esta Deusa da Clemência gera ao seu redor e entre seus
devotos, é de um forte sentimento de fraternidade universal. Seus padrões morais
e humanos tendem a nos conduzir para nos tornarmos mais compassivos e
misericordiosos.
Kuan Yin aparece nas nossas vidas para dizer que está na
hora de alimentarmos nossos corações com a compaixão. Compaixão pelos outros e
também por nós mesmos. Você se importa pelos sentimentos dos outros? Ou não se
interessa? O que lhe afasta da compaixão? Você é daquelas pessoas que feri antes
de ser ferida? Tem medo de abrir seu coração? Compreende-se por compaixão a
capacidade de ouvir, de dar aos outros e a si mesma um espaço para experimentar
tudo que deve ser experimentado e sentido. Não fuja de seus sentimentos, a
jornada da vida nos presenteia com inúmeras vivências, que devem ser degustadas
nos fazendo desenvolver a compaixão por nós mesmos, assim como pelos outros. De
tal modo, esta maneira, fácil e confortável de pensar, levará o mundo
lentamente, mas inevitavelmente, a se tornar um lugar melhor.
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