Dúvida que acompanha muitos,
inclusive Reikianos que, desconhecendo o porquê não aceitam a condição.
Esta linha é seguida, em geral,
por Reikianos espiritualistas, que acreditam em reencarnação e vida pós morte.
É certo que o Reiki não tem, e não
tem mesmo, vínculo com qualquer religião, mas é impossível exigir que alguém
desassocie qualquer prática de suas crenças, então absolutamente normal e
aceitável a associação neste caso, como veremos agora.
Partindo do princípio
espiritualista, Deus (Vida, Poder Superior, Criador... o nome que você dá à
Força Criadora do Universo) não erra e nada é por acaso, tudo tem uma
justificativa, inclusive doença, sofrimento e dificuldade.
A cada encarnação nos é dada a
oportunidade de aprendermos e evoluirmos em direção à perfeição, porém,
imperfeito que somos, nem sempre a aproveitamos e, algumas vezes, ainda
regredimos.
Deus não é vingativo, é justo e
amoroso de maneira igual com todos, então, não basta pedirmos perdão e, por
mágica, todas nossas faltas são esquecidas ou apagadas. É preciso aprendermos,
verdadeiramente, a fazer o que é correto, a ser como temos que ser, como o
Plano que Ele tem para nós desde o princípio. Seu amor não aceita que sejamos
pela metade, Ele nos quer plenos.
Quando não aprendemos pelo amor,
vai pela dor (isso não é frase feita, é uma das maiores verdades da existência).
Nestes casos, a dor é um benefício, pois através dela é que aprendemos a agir
adequadamente e evoluímos rumo à perfeição e, assim, nosso inconsciente rejeita
a melhora (ou cura) e o receptor não aceita receber a energia curadora.
Para melhor entender segue um
exemplo (quem já conhece me perdoe, mas muitos ainda estão confusos até aqui e
precisam de esclarecimento).
“Por dívidas emocionais acumuladas
em outras encarnações, João e Maria aceitam voltar à Terra com a missão, entre
outras, de casar e dar à luz José, um desafeto antigo. Encarnam e esquecem as
vidas pretéritas, até mesmo para melhor cumprimento da missão, mas ela e todo o
passado estão registrados em nosso inconsciente, como a nos cobrar o que tem
que ser feito. Maria, que na última encarnação foi casada com Pedro, mas o traiu
com João, reencontra o ex marido, o sentimento adormecido floresce e não
resistindo aos impulsos, trai João com Pedro. João descobre, em um acesso de
ódio mata Pedro e se mata em seguida. José não encarna.”
Maria precisava aprender a dominar
seus instintos e não passar por cima da felicidade alheia em prol da sua.
Falhou.
João veio para aprender a perdoar,
resistir a impulsos vingativos, não prejudicar o outro e não trair. Falhou e,
ainda, adquiriu dívida de assassinato e suicídio.
Pedro, que aceitou a missão de
ajudar Maria e João, falhou.
José, um desafeto do casal, viria
como filho para aprender a amá-los e ser amado, nem nasceu.
É justo que apenas o
arrependimento ou pedido de perdão apague todas as falhas? Quantos foram
prejudicados por cada erro? Deus é justo e ama Maria como ama José, perdoar
Maria seria injusto com José, que, por ela, não teve a chance de evolução... Então,
a todos é dada a oportunidade de aprender novamente, sem consciência racional
do passado.
Quando não se aprende por amor,
vai pela dor e todos voltam com uma carga de sofrimento muito grande, além de
uma tristeza sem explicação racional, diagnosticada como depressão.
Seja lá qual a causa do
sofrimento, é a forma encontrada para cada um aprender e a tristeza, por sua
vez, reflexo do inconsciente que sabe o porquê de tudo e, assim, não deseja a
cura e arruma uma maneira de impedir que a pessoa a aceita, pois precisa da
doença para sua evolução.
Caso um Reikiano envie Reiki sem autorização
do receptor, ele é curado (ou ao menos melhora), porque Reiki cura, mas a lição
necessária não é aprendida e o vínculo cármico permanece.
Isto é apenas um exemplo de
milhares que nos atingem, afinal, se estamos aqui é porque algo há para
aprender... Sem contar a bondade, muitas vezes, disfarçada de egoísmo.
E alguém pergunta: “Como assim?”
Simples:
Meu companheiro é alcoólatra (exemplo apenas, não é real),
sofre e faz toda a família sofrer. Racionalmente peço a cura dele, contra sua
vontade, por não querer ver os demais sofrerem, mas, inconscientemente, por
motivos que desconheço, na verdade, eu não agüento mais a situação, quero que
ele se cure de qualquer jeito, mesmo não sendo o melhor pra todos e a todos
prejudico com meu egoísmo maquiado de bondade.
Estes e vários outros casos são o
motivo para pedir autorização antes do envio de Reiki à distância.
Você não acredita? É direito seu,
mas respeite o Reikiano que pede a autorização, pois ele acredita e não temos o
direito de impor ao outro nossas vontades e crenças, menos ainda de enganá-lo
para que o nosso querer prevaleça.
Obrigada! Namaste!
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